Teclas pensadas entre finos e cigarros numa qualquer esplanada.

07/02/2011

Jornalismo Desportivo Português II

(...) Arrastava-se deprimente no mesmo tom: confuso e deprimido, os pés em brasa, o coração em sobressalto, desamparado até à medula, a afogar-se nas águas turvas das suas contradições e dos seus desalinhos, das fraquezas e dos seus abalos. (...)

Não, caros leitores, o título deste texto não é equívoco ou resultado de uma qualquer distracção minha. Este é um excerto da bela e valiosa-em-termos-literários forma com que o Jornal A Bola do passado sábado descreve as incidências do jogo que opôs o Sporting Clube de Portugal à Associação Naval 1º de Maio. Posto nestes termos, tudo isto parece ser a transcrição de alguma flash interview em que Manuel Machado tentaria transmitir a ideia de que o Sporting perdeu o meio-campo e, consequentemente, o controlo do jogo depois do terceiro golo da Naval. Mas não, caros leitores. O crédito destas palavras não cai em mim ou em Manuel Machado, mas sim em António Simões, cronista d'A Bola.

Ao Jornal A Bola, por saber escolher a dedo os seus cronistas, de entre possíveis vencedores do Prémio José Saramago, na sua vertente literária desportiva, e a António Simões, em particular, os meus sinceros parabéns e a certeza que nos encontraremos na gala que este blog organizará e que premiará os melhores na arte de escrever desporto.

Até à vista.

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