Teclas pensadas entre finos e cigarros numa qualquer esplanada.

25/07/2010

Da Televisão e da Publicidade

Sou eu ou a publicidade está a perder completamente o pudor? Na minha pobre inocência vivi até há pouco tempo convencido que (tirando em horário nocturno, se é que me faço entender) na televisão todos tentavam estar no seu melhor, na melhor postura, temperada com inatacável corecção. Pensei que isto também fosse traço distintivo de quem, não aparecendo na televisão, escreve coisas para nela serem narradas.
Como a publicidade.
E sou eu, ou a a região do corpo povoada pelos conhecidos músculos glúteos tem estado em particular destaque e enfoque nos últimos tempos?
É que desde o Sapo que, pelos vistos, tem o melhor pacote do verão até à Panrico que jura a pés juntos que o seu pão fatiado tem a cara tão fofa como o cu, tem-se ouvido de tudo!
Ou realmente existe aqui um padrão, e agradeço a quem estuda o fenómeno do marketing que me esclareça sobre este foco apontado ao rabo, ou sou só eu que sou parvo e reparo nestas coisas. De qualquer das formas achei por bem partilhar.
P.S.: O anúncio da Panrico dá azo a trocadilhos engraçadíssimos! Nunca tinha pensado que quando o pão está a acabar lhe estou, de acordo com os profissionais da Panrico, a comer o cu.

11/06/2010

Bruna Real I

Bruna Real, a recentemente afamada professora de Mirandela, que foi afastada de funções após posar nua na edição portuguesa da conhecida revista Playboy, é mais do que uma moça de 27 anos com belas e grandes mamas de silicone. É também uma moça acéfala. Vá talvez não seja acéfala. Se calhar é só muito, muito divertida. Proponho, caro leitor, abrir aqui uma rubrica dedicada a Bruna Real, em que possamos analisar conjuntamente as suas belas declarações/piadas. A primeira edição desta que promete ser uma rubrica interessantíssima foca-se em Bruna Real e nos afectos que esta desenvolve.

  • Bruna Real e os Afectos
Os meus pais são o mais importante da minha vida. Não sei viver sem eles nem sem os meus apoiantes do Facebook. - Bruna Real, in Correio da Manhã, sobre o facto de ser presenteada pelo pai com um BMW X6.

E acerca deste BMW:

Quero todos os acessórios a que sempre estive habituada: estofos aquecidos, GPS integrado, MP3, sensores de estacionamento. Não sei viver sem eles, pois já fazem parte da minha vida. - Bruna Real, in Correio da Manhã.


Gosto muito destas declarações. Gosto muito da comparação entre a importância que dá a quem a pôs no mundo e aos milhares de nomes que povoam o seu grupo de fãs no Facebook (grupo que, aposto, surgiu duvido ao tamanho considerável das suas mamas). Gosto da importância que dá aos estofos aquecidos, ao GPS integrado, ao MP3, aos sensores de estacionamento, os quais já fazem parte da vida dela. É um grau de importância semelhante ao que se dá, por exemplo, a um vizinho muito mais novo que nós e que costuma vir pedir se podemos brincar com ele. Nós consentimos, e após alguns dias de convivência acabamos por nos afeiçoar à criancinha, como se de um irmão nosso se tratasse. É um pouco o que Bruna Real sente em relação aos estofos aquecidos. Teve um, dois, três carros com estofos aquecidos e acostumou-se. Agora estes estofos fazem parte da sua vida. E eu compreendo, falo por mim, adoro crianças! Quase tanto como gosto de um estofo bem aquecido...

No fundo, no fundo, compreendo estas declarações. Principalmente a primeira citação. Cá para mim ela não gosta muito dos pais. Ao fim e ao cabo não lhe deram as mamas com que sempre sonhou. Ele teve que as comprar... E agora os pais tentam comprar o perdão dela com BMW X6...


P.S.: Espero que o namorado desta bela professora não passe por aqui. Vi um foto do Sr. e até para fuzileiro o rapaz é grande...

09/06/2010

16 and Pregnant

Existe um reality-show na MTV que se chama 16 and Pregnant. Mostra como famílias lidam com a gravidez na adolescência dos seus membros. Tipo mães com filhas grávidas e assim. Descobri esta semana.

Chamem-me antiquado, mas eu, com 16 anos, numa situação dessas, não ia ter grande vontade de aparecer na TV.

Eu agora podia fazer uma dissertação humorística sobre este programa. Mas, sinceramente, acho que este texto já tem piada suficiente. Guess what! O cérebro deste programa e as famílias que participam são todos eles orgulhosos americanos estadunidenses. Big surprise...

03/06/2010

Da Selecção e dos Pura-Raça Lusitanos

Nestes dias em que as atenções se concentram na Selecção apelidada "de todos nós", tenho-me deparado com certos testemunhos que me levam a duvidar da justeza do referido termo.

Ao passar os olhos pelo record online, o qual frequento com alguma assiduidade, li em alguns comentários de leitores uma profunda desilusão e tristeza por Pepe ter recuperado a tempo de viajar para África, alegando que este nem era assim tão bom jogador e para além disso nem português era. Se a primeira alegação é de carácter subjectivo e cada qual terá a sua opinião sobre a maior ou menor valia do jogador, a segunda, para além de legalmente falsa, reveste-se de um comprido, duplamente forrado e quente casaco de estupidez.

Pepe é, como referi, legalmente português, depois de ter cumprido 5 ou mais anos de residência em território nacional e de todos os jogadores naturalizados que já vestiram a a camisola vermelha da Selecção (e já são alguns, contando com Bosingwa, Makukula e afins) foi o único que ouvi dizer que não admitia vestir outra camisola nacional que não a nossa, e isto numa altura em que já estava contratado pelo Real Madrid, o que lhe aumentaria as possibilidades de vestir a camisola canarinha, se assim o desejasse. Mas Pepe negou, dizendo que sendo convocado pelo Brasil, não compareceria. Note-se que recentemente até Yannick Djaló admitiu vestir a camisola da Guiné-Bissau devido à falta de oportunidades que tem sentido para chegar a Selecção...

Mas, e voltando ao que me trouxe novamente a este espaço, hoje ao ver o Primeiro Jornal, e ao assistir à notícia relativa aos Pura-Raça Lusitanos, lembrei desses comentários que li no record. Acho que quem defende que Pepe não é português deve ser coerente e dar o exemplo. Aconselho casamentos e acasalamento consanguíneo a todos eles! Mantêm a linhagem brilhante que caracteriza a respectiva família e não permitem nenhuma influência externa, por mais pálida que seja!

Pelos vistos um Raça-Pura Lusitano pode chegar aos 300.000€, uma moça descendente de três gerações em que pontificaram casamentos entre irmãos deve valer uma série de camelos em Marrocos!

Ou então não...

17/04/2010

Quotations I

If you're part of a crew, nobody ever tells you that they're going to kill you, doesn't happen that way. There weren't any arguments or curses like in the movies. See, your murders come with smiles, they come as your friends, the people who've cared for you all of your life. And they always seem to come at a time that you're at your weakest and most in need of their help.

Henry Hill (Ray Liotta) in Goodfellas, 1990.

14/03/2010

Ui!

E já lá vai um tempinho desde que parei neste apeadeiro. De facto, desde a última vez que aqui deixei umas palavrinhas, muito sucedeu. Ora vejamos:
  • O Natal (como tem sido hábito, a 25 de Dezembro);
  • Virou-se a página a 2009 (dia 31 de Dezembro à noite);
  • Brindou-se a felicidade dobrada em 2010 (dia 1 de Janeiro de madrugada);
  • Começou a época de exames e coincidência ou não, tremeu a terra no Haïti (dia 12 de Janeiro);
  • O meu Diogo chateou-se e foi engatar suecas para bem longe de Coimbra (saibam tudo aqui);
  • Acabou-se a época de exames (19 de Fevereiro);
  • A Madeira inundou (dia 20 de Fevereiro);
  • O Chile tremeu (dia 27 de Fevereiro).

(anexei datas não me fosse enganar, até porque este blog prima pelo rigor).

Dissecando todos estes acontecimentos, uns serão mais interessantes que outros, como é óbvio, uns com mais a dizer, outros menos.

Mas uma coisa se realça. O que realmente salta à vista é a proximidade cronológica de eventos catastróficos à escala global com as datas que delimitam a minha época de exames. Será coincidência? É muito provável. Até porque se a solução para o fim de todos estes dramas globais fosse eu me enclausurar e estudar permanentemente, por muito que eu me preocupe com a Humanidade, também me preocupo com a minha sanidade mental, e essa sofreria um revés tremendo.

Referência ainda como é óbvio ao Diogo que coloniza por esta altura terras suecas (e não só terras, calculo...). Note-se que no outro dia, apesar do frio que se fazia sentir na "sibérica" Coimbra, resolvi sair com um casaco que este mesmo Diogo, na ânsia de fugir para o frio sueco, deixou para trás. E eu, munido deste mesmo casaco, em plena Associação, decido, após uma quantidade de finos situada entre os 5 e os 15, a qual não tenho dados para precisar, ir mijar (foi mesmo mijar, aqui não há dúvidas, lembro-me de pensar "Tenho que ir mijar, foda-se!"). E ao ver a minha urina descrever um turbilhãozinho e desaparecer no ralo do urinol para a vasta e eficiente canalização coimbrã, senti um aperto no peito e decidi ligar ao Diogo.

E esta é a forma que tenho de te homenagear e dizer que mal posso esperar pelo teu regresso para ouvir todas as tuas histórias...

E assim me despeço, prometendo voltar mais assiduamente a este espaço muito agradávelzinho.