Teclas pensadas entre finos e cigarros numa qualquer esplanada.

12/04/2009

Sem Título I

A sensação de não saber se se deve falar ou ficar calado. Não saber qual das opções será melhor. Não fazer ideia do que a cabeça pensa, quando o coração permanece calado, ou porque não tem nada para dizer, ou porque não quer falar. Não saber como reagir perante isso, querer gritar, mas reprimir por medo de estragar ainda mais. Não saber se surge um sorriso e um suspiro, ou apenas um vazio quando as palavras são ditas.

E depois custa. Cada recordação, cada lembrança da ânsia que eu sentia naqueles dias, cada música ouvida, cada pensamento, tudo se torna penoso na distância em que ficaste, não por estares longe, mas por estares "longe". Por estares mais longe. Por não haver distância alguma que te pudesse afastar tanto. Por não haver nenhuma distância a percorrer que me leve a ti. E por não conseguir parar. Virtude ou defeito, não consigo "limpar o olhar das lágrimas, engolir em seco, e seguir em frente". Não depois do que senti. Não depois de tudo.

Até porque por mais afastado de ti que possa estar, "o amor é cego, mas vê muito ao longe".

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